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Qual é o segredo dos monges para a produção da melhor cerveja do mundo?

A Oktoberfest atrai visitantes do mundo inteiro para Munique, na Alemanha. Mas há outro país em que a cerveja também reina: Bélgica. A embaixada desse país em Roma promoveu recentemente uma degustação das melhores cervejas produzidas em suas abadias. Para o evento, monges e religiosos cervejeiros se espalharam pela Cidade Eterna e alguns deles revelaram o segredo da elaboração desta bebida.

O amor pelo trabalho bem feito
Para o abade da abadia trapense de Orval, o padre Lode Van Hecke, primeiro é preciso entender que, em sua origem, a cerveja não era uma bebida especialmente festiva. Era simplesmente um dos poucos líquidos potáveis e fáceis de se preparar. Na Idade Média, era difícil encontrar água potável. A cerveja, então, passou a ser uma opção mais segura, graças à fermentação. Tanto as famílias como os religiosos dos mosteiros passaram a produzir a cerveja simplesmente para terem o que beber.

Então, por que a cerveja continua sendo associada aos mosteiros da Bélgica? “Por causa da boa imagem desses lugares de oração”, diz D. Bernard Lorente, abade beneditino de Maredsous. “Os mosteiros são testemunhas de uma tradição de bondade, confiança, hospitalidade e amor pelo trabalho bem feito”, explica o beneditino. Por isso, um copo de uma boa cerveja belga produzida em uma abadia transmite todas essas qualidades.

Conciliar a atividade econômica com o estudo espiritual
Embora os monges façam votos de pobreza, eles continuam tendo necessidades econômicas como todo mundo. Em primeiro lugar, é preciso manter as comunidades, cuja maioria dos monges é, geralmente, composta por pessoas idosas. Na Bélgica, os padres recebem subsídios do Estado. Mas os monges não.

É preciso manter também as abadias, que possuem custos altos. Além disso, para colocar seu nome na bebida, a abadia precisa de uma certa quantidade de mão de obra qualificada.  Assim, a atividade contribui com o desenvolvimento econômico da região.

A receita gerada pela venda da cerveja também ajuda a financiar as demais atividades das abadias, como a biblioteca, a ajuda aos mais necessitados, a acolhida aos peregrinos e até as atividades culturais, como cita o abade de Maredsous.

Há projetos que as abadias não conseguiriam desenvolver sem os benefícios derivados das patentes das cervejas. Por isso, as cervejas de abadia não são produtos meramente extravagantes, mas a base de uma atividade econômica que permite uma vida de busca espiritual e solidariedade.

Cooperar com os mestres cervejeiros
Algumas abadias belgas continuam elaborando suas próprias cervejas. Porém, na maioria das vezes, os monges são donos da receita e da patente, mas confiam a exploração das mesmas a um mestre cervejeiro de confiança.

Às vezes, é o próprio cervejeiro que propõe que a abadia coloque seu nome no produto. Com isso, a bebida ganha sensação de qualidade e os monges obtêm mais receita financeira.

A Bélgica reconhece oficialmente seis marcas de cerveja trapense e 23 cervejas de abadia. Para ter o reconhecimento, são necessárias três condições. Em primeiro lugar, a produção da cerveja deve estar vinculada a uma abadia existente ou histórica. A cervejaria também deve contribuir com o financiamento dos programas de conservação da abadia. Por último, a abadia – ou a instituição ligada à ela – deve ter direito de controle sobre a publicidade.

Trata-se pois, de uma questão de entendimento e cooperação, segundo o lema do Reino da Bélgica: “A união faz a força”.

 

 

 

Xavier Le Normand
Aleteia

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